Endometriose e estilo de vida (parte 1)

Endometriose e estilo de vida (parte 1)

Quem tem endometriose sabe o quanto este quadro é incômodo e doloroso. O quadro clínico está associado às alterações hormonais do ciclo menstrual e ocorre quando o endométrio, tecido que reveste a parte interna do útero, cresce para fora do órgão. Isso causa um processo inflamatório que pode gerar dor pélvica, dor pré-menstrual, cólicas intensas, sangramento menstrual intenso ou irregular, fadiga crônica, dor durante as relações sexuais, dificuldade para urinar, distúrbios gastrointestinais, dificuldade para engravidar e infertilidade.

Dentre os fatores de risco para o desenvolvimento temos a predisposição genética e o estilo de vida, assim como a deficiência no sistema imunológico, tornando o corpo incapaz de reconhecer e destruir as células endometriais que crescem no lugar errado.

A endometriose apresenta um comportamento de doença autoimune. Desta forma, uma alimentação isenta de produtos inflamatórios, como carne vermelha, farinha refinada e açúcar, aliada à prática de exercícios físicos, pode promover uma série de benefícios às pacientes.

A manifestação da doença e a intensidade dos sintomas são variáveis. Algumas mulheres com a doença avançada podem ter os piores sintomas ou quase nenhum mal-estar. É muito individual.

Em relação aos alimentos, não podemos dizer que eles causam o problema, mas, sim, que existe uma relação entre a alimentação e a endometriose. A alimentação balanceada promove equilíbrio ao organismo e fortalece o sistema imunológico.

Candidíase – parte 2

Candidíase – parte 2

A candidíase é uma queixa comum. Ela surge a partir de um microbioma intestinal disbiótico, ou seja, quando a flora intestinal perde a sua integridade por uso de antibióticos, anticoncepcional, estresse, álcool, ou alimentação rica em carboidrato refinado (pães, massas, doces, etc). Estes fatores promovem proliferação de fungos como a “cândida” e diminuição de bactérias boas.

DICAS:

– Comece pelo mais simples, evitando alguns alimentos como: açúcar (mel, frutas secas, melado, cogumelos com exceção do shitake), fermentados, como cerveja, vinho, vinagre, pão, saquê, queijos mofados, alimentos de difícil digestão (laticínios, glúten). As proteínas mal digeridas são fermentadas por fungos e se a alimentação é rica em pães, massas e doces, vai aumentar a colônia de fungos “cândida”, gerando fermentação, desconforto abdominal, flatulências, coceiras, corrimento.

– Vamos usar a alimentação a nosso favor: pensando em fortalecer o sistema imunológico, beba chá de unha de gato com equinácea (preparar corretamente para ter o efeito terapêutico: para um litro de água, ferver e fazer infusão com uma colher de sopa de cada erva seca, abafar por cinco minutos e coar. Não pode reaquecer. Tomar durante o dia, sem adoçar).

– Alho é muito interessante para os fungos: macerar e usar em molho da salada.

– Semente de abóbora também tem ação direta para o fungo. Dica: triture no liquidificador, misture com orégano seco e sal, deixe na geladeira e use para temperar a comida.

– Linhaça atua como anti-inflamatório. O fungo causa inflamação, a fibra ajuda a varrer a toxina do fungo. Outra dica: coloque a semente da linhaça dourada em água, deixa por duas horas ou mais até virar uma gosma, coloque no suco ou tome em jejum.

– A vagina é um lugar escuro, quente e úmido por natureza, quanto mais abafada ela estiver, mais chance de ter candidíase e outras infecções fúngicas. Portanto, evite o uso de protetor diário, use calcinha de algodão, durma sem calcinha, cuide com biquíni molhado, use saias e vestidos, deixe a região mais arejada. Quanto menos úmida melhor. Troque de calcinha ao longo do dia. Algumas mulheres têm fluxo vaginal mais intenso deixando a calcinha molhada, piorando a candidíase. Evite ducha vaginal, quanto mais você limpa mais desequilibra o ph. O sabonete intimo é para ser usado na parte externa da vulva e evite o uso diário. Tomar banho após a relação sexual também ajuda a ter menos infecções.

– Tratar somente a sintoma não resolve, precisamos saber porque a candidíase surgiu. O tratamento deve ser sistêmico. Sempre pensando em equilibrar o intestino para evitar a candidíase recorrente.

Candidíase – parte 1

Candidíase – parte 1

O nosso intestino é habitado por milhares de micro-organismos. Entre eles, bactérias, parasitas e fungos. Eles formam nosso microbioma intestinal, uma comunidade de bichinhos importantes para a saúde intestinal e o sistema imunológico.

A candidíase é uma queixa comum, que também acomete os homens. Vem como consequência do consumo de antibióticos, de anticoncepcional, corticoides, estresse ou de uma dieta desequilibrada, rica em carboidratos refinados (pães, massas, bolos), que, com o tempo, desequilibra a microbiota intestinal. Morrem as bactérias do bem que compõe a flora intestinal e, em contrapartida, proliferam bactérias ruins “patógenas” e fungos como a “cândida”.

O habitat da cândida é o intestino, quando este perde sua integridade, abre brechas na parede das células, permitindo que o fungo entre na corrente sanguínea, viaje até a vagina, pênis, sistema genitourinário e digestivo. Todos nós temos fungos no corpo, mas em pequena quantidade. Precisamos mais de bactérias do que fungos. Os sintomas podem variar de uma mulher para outra, com coceira, vermelhidão na área genital, desconforto durante a relação, ardência ao urinar, dor em baixo ventre, corrimento, entre outros.

O tratamento da candidíase vaginal é mais exitoso com uma estratégia sistêmica, olhando o corpo inteiro, a alimentação, usando alguns fitoterápicos e probióticos. Para que o intestino se reequilibre e a cândida se aquiete é preciso paciência, pois pode demorar até três meses.

O que precisamos é corrigir a alimentação para que aumente a quantidade de bactérias boas, para reorganizar a saúde do intestino. Alimentação com muita cuca, bolacha, biscoito, bolo, pizza, macarrão, dieta com poucas fibras, estresse crônico, deficiência de vitamina D, são fatores que estimulam o crescimento de bactéria ruins e fungos. Como parte do tratamento, precisamos tirar tudo o que faz o fungo crescer: carboidrato refinado, açúcar, alimentos industrializados. Em alguns casos temos que tirar a frutose e a lactose, principalmente, frutas que têm uma fermentação maior. Frutose não é bem absorvida e pode fermentar. Em casos graves, a restrição deve ser maior, ou seja, tirar tudo que fermenta.

A saúde de uma pessoa é determinada pela qualidade do microbioma intestinal: 90% da nossa imunidade é determinada pelo intestino. Nele, ocorre síntese de vitaminas e produção de serotonina, envolvida na sensação de bem-estar.

O tratamento de base é a alimentação, consumir mais vegetais, legumes, frutas menos doces, fibras, água. Cuidar da saúde do intestino é essencial para evitar a candidíase e a repetição.

Dieta emocional

Dieta emocional

Diante de tantas dietas, líquida, baixa caloria, restritiva, da proteína, do suco, low carb, paleo, o que fazer? Qual será a dieta ideal, que gera melhor resultado? Este questionamento pairava nos meus pensamentos diariamente até entender o metabolismo, como funciona a saúde emocional e como o estresse impactam na saúde geral, inclusive, freando o metabolismo.

Talvez, o que vou dizer, possa gerar uma frustração ou alívio. A dieta ideal não existe porque tudo depende do metabolismo, da individualidade biológica e dos nossos mecanismos de sobrevivência. Precisamos entender porque o corpo chegou onde chegou, como a pessoa vê a vida, quais são suas prioridades, porque ainda não teve êxito, o ambiente em que vive, como vive, onde se alimenta, preferências alimentares, a rotina e por aí vai.

O ser humano é complexo e perfeito ao mesmo tempo. Por que o nosso organismo começa a queimar menos calorias, ou seja, engordar? Engordamos não só porque comemos, mas também por mecanismo de sobrevivência, a gordura serve de proteção. Provavelmente, está passando por alguma situação na vida, onde tenha que ser forte para sobreviver e, dessa forma, o corpo armazena gordura como fonte de energia. E, claro, aí entram inúmeros mecanismos e rotas metabólicas complexas para explicar o aumento de peso.

Pessoalmente, faz parte da minha missão levar informação com uma visão um pouco diferente sobre saúde. Está tudo interligado no nosso corpo, nenhuma parte funciona separada da outra. Quando estamos de férias, dificilmente temos algum desconforto, pois estamos com o corpo e a mente relaxada, ou seja, o corpo está em parassimpaticotonia, estado de relaxamento. No entanto, no dia a dia, quando somos submetidos a uma carga emocional grande, com um estresse descompensado, há um predomínio do sistema nervoso simpático, onde ficamos em estado de alerta, com mãos frias e úmidas, tensos, coração acelerado, respiração curta, mais liberação do cortisol, com alteração da utilização de insulina. Consequentemente, vem de brinde o ganho de peso.

Engordamos porque comemos errado, porque gastamos menos calorias do que ingerimos, por não saber lidar com os nossos sentimentos e por não gerir de forma equilibrada o estresse. O que te faz engordar? Em que situações você perde o controle da alimentação? O autoconhecimento é o primeiro passo para emagrecer!

O ovo e seus inúmeros benefícios

O ovo e seus inúmeros benefícios

O consumo do ovo é um assunto que, vez ou outra, gera polêmicas e dúvidas. Para esclarecer algumas delas, compartilho com vocês os motivos principais para incluir esse alimento em suas refeições.

– Controle do peso e manutenção da massa muscular: as proteínas de alta qualidade contribuem para a sensação prolongada de saciedade e para manter a energia do organismo (em média, um ovo tem 70 calorias). Além disso, as proteínas favorecem o ganho de massa muscular em pessoas idosas.

– Gestação saudável: a gema do ovo é uma excelente fonte de colina, essencial para o desenvolvimento do sistema nervoso central e para a prevenção de anomalias fetais. Ela também é importante para a função cerebral em adultos, mantendo a estrutura das membranas celulares. A colina é componente chave para a neurotransmissão, pois envia as “mensagens” do cérebro para os músculos.

– Saúde dos olhos: luteína e zeaxantina, dois antioxidantes encontrados no ovo, ajudam a prevenir a degeneração macular, umas das causas de cegueira em idosos.

Açúcar, carboidratos refinados e álcool são os principais inimigos dos cabelos

Açúcar, carboidratos refinados e álcool são os principais inimigos dos cabelos

Cabelos saudáveis não são apenas bonitos. Eles também refletem o bom funcionamento do organismo e servem para proteger o couro cabeludo. E, como parte do corpo, são afetados pelos hábitos, pela alimentação e pela falta de nutrientes essenciais.

De acordo com a nutróloga Cristiane Molon, a qualidade dos alimentos consumidos no dia a dia exerce grande influência sobre os fios e, por isso, as principais inimigas dos cabelos são as dietas ricas em açúcar, carboidratos refinados e álcool. “Eles elevam os níveis de insulina no sangue, desequilibrando alguns hormônios, o que pode ter efeito negativo sobre os folículos capilares”, ensina.

A médica ainda explica que o baixo consumo de proteínas, como carne, ovos, leite e derivados, vitaminas e minerais pode levar à perda do brilho, à quebra e interferir no crescimento. Por outro lado, a ingestão de água é fundamental para levar os nutrientes até o bulbo capilar e manter os fios sedosos.

Além de uma alimentação equilibrada, outro hábito que ajuda a garantir cabelos saudáveis é evitar banhos quentes e o uso excessivo de secadores e escovas. “Uma dica é não prender os fios ainda molhados e ter em mente que tinturas e alisamentos, como a escova progressiva, podem influenciar na queda”, complementa.

Alimentos amigos dos cabelos

– Arroz, feijão e lentilhas têm aminoácidos que, quando combinados, dão origem a proteínas que formam o colágeno e a queratina. O feijão é uma grande fonte de biotina, ferro e zinco.

– Frutos do mar são ricos em magnésio, essencial para a formação dos fios.

– Vegetais de folhas verdes são fonte de vitaminas essenciais para o cabelo, como as vitaminas A e C, biotina, cálcio e ferro, que participa na formação dos glóbulos vermelhos e nutre os folículos capilares.

– Nozes são uma grande fonte de ácidos graxos, biotina e selênio e, ainda, têm propriedades anti-inflamatórias.

– Cenoura é rica em betacaroteno e a vitamina A.

– Aveia é rica em silício, vitaminas do complexo B e zinco.

– Salmão contém ômega 3 e selênio. Carne vermelha e frango também são boas opções de proteína magra.

– Quinoa também é uma ótima fonte de proteína.

– Frutas vermelhas, como morango, cranberry e mirtilo, oferecem flavonóides e vitamina C, substâncias que ativam a microcirculação sanguínea.