Obesidade: dieta ideal para emagrecer não existe

Obesidade: dieta ideal para emagrecer não existe

Considerada uma doença crônica, a obesidade aumenta o risco de diabetes e de doenças cardiovasculares, como infarto e derrame cerebral. Além disso, ela também piora a qualidade de vida. Na coluna da semana passada, comentei, aqui na coluna, que, anteriormente, pensava-se que era só a comida que engordava, hoje, entende-se que os mecanismos são muito mais complexos, estando envolvido o estresse crônico.

Em casos de compulsão alimentar, estão envolvidas a serotonina, relacionada ao bem-estar e no controle da ingestão de alimentos, e a dopamina, outro neurotransmissor relacionado com o prazer e a motivação. Quando existe uma alteração na produção dessas substâncias, podem surgir distúrbios alimentares e, ainda, a compulsão alimentar.

Já a tireoide, por exemplo, regula o gasto energético basal e a produção de calor. Quando o funcionamento da glândula está mais lento, pode estar associado ao aumento do colesterol e do peso.

Tendo em vista todos esses fatores, o tratamento, tanto do sobrepeso, quanto da obesidade, requer mudanças de hábitos de vida. É importante ressaltar que não existe a dieta ideal para emagrecer. Existe, sim, a que combina com o seu estado atual de saúde.

Se o cortisol estiver alterado, não vai responder a alguns tipos de dietas restritivas. Se estiver com a tireoide preguiçosa, precisa de alimentos nutritivos e fonte de energia. Cada caso deve ser avaliado individualmente. Lembrando que, para emagrecer, quando se tem ajuda fica mais fácil. Nesse momento, entra o médico, o nutricionista, o psicólogo e o educador físico.

Obesidade: entenda o que acontece no metabolismo

Obesidade: entenda o que acontece no metabolismo

O número de pessoas com sobrepeso e obesidade tem aumentado muito e é alarmante. A obesidade é uma doença crônica, piora a qualidade de vida e aumenta o risco de desenvolvimento de diabetes e doenças cardiovasculares, como infarto e derrame cerebral.

Antes, pensava-se que era só a comida que engordava, hoje, entende-se que os mecanismos são muito mais complexos, estando envolvido o estresse crônico. A falta e diminuição da qualidade do sono, os maus hábitos alimentares, o sedentarismo, as emoções, assim como as toxinas ambientais (agrotóxicos, aditivos alimentares, dioxinas, derivados de petróleo) participam no desenvolvimento da obesidade.

A obesidade é uma doença inflamatória. A gordura é um órgão, que controla várias funções do metabolismo. Como ocorre a inflamação em quem está com alguns quilos extras? Algumas moléculas, chamadas adipocinas, são liberadas na corrente sanguínea e geram inflamação crônica em vários órgãos. A resistência à insulina é uma das principais consequências da inflamação e está relacionada com diabetes, doenças cardiovasculares, gordura no fígado, síndrome do ovário policístico, inflamação no cérebro, na pele (como a acne) e alguns tipos e câncer.

Sabemos que o estresse crônico e a obesidade ativam o eixo, que vai do cérebro até as glândulas suprarrenais, e estimulam a produção do cortisol, diga-se hormônio do estresse. O aumento do cortisol está relacionado ao aumento da gordura visceral (a que fica entre os órgãos). Além de provocar alteração em neurotransmissores do cérebro, libera uma substância chamada glutamato, que, quando em excesso, é tóxica para o cérebro e deixa a pessoa agitada. O glutamato está presente em alimentos industrializados, como embutidos, enlatados, molhos prontos, no refrigerante, salgadinhos, etc.

O que são carboidratos?

O que são carboidratos?

Essa é uma dúvida constante no consultório. Então, vamos lá: a principal função dos carboidratos é fornecer energia para o organismo. Mas, nem todo carboidrato é igual.

Temos os açúcares simples, como a glicose, presente no mel e no xarope de milho, a frutose das frutas) e a galactose, presente no leite e laticínios. Ainda temos a sacarose, açúcar da cana, da beterraba, lactose, do leite, e maltose encontrada na cerveja. Além disso, há também o amido, dos grãos, cereais, raízes e tubérculos, e a celulose, das verduras, legumes e castanhas.

Com exceção do mel, leite e derivados, todos os carboidratos são de origem vegetal (tubérculos, cereais, leguminosas, verduras e frutas). Esses alimentos, ao serem ingeridos, transformam-se em glicose e glicogênio.

A glicose é transportada para dentro das células através da insulina e garante que o corpo tenha energia para funcionar. Já o glicogênio é armazenado no fígado e nos músculos. Ele atua como reserva de energia para os momentos de jejum e atividade física. O problema é que as células têm um limite para receber glicose e glicogênio e, quando esse patamar é ultrapassado, o excesso de carboidratos será transformado em gordura no tecido adiposo (gorduroso).

Entenda a diferença entre os carboidratos:

Carboidratos simples: possuem alto índice glicêmico e são absorvidos rapidamente pelo organismo. Dessa forma, a glicose sobe rapidamente, fazendo com que a sensação de fome volte logo após a refeição. São a fonte mais rápida de energia e abrangem o mel, açúcares, balas, arroz branco, macarrão, pão branco, compotas, doces em geral, bolos, refrigerantes e biscoitos. Com mais glicose, há aumento de insulina, inflamação, o metabolismo fica lento, aumentando o depósito de gordura, principalmente a visceral, relacionada ao aumento do risco cardiovascular. Este tipo de carboidrato não é saudável para os diabéticos, nos casos de síndrome metabólica, nos ovários policísticos, em quem tem gordura no fígado ou quer emagrecer.

Carboidratos complexos: são digeridos lentamente pelo organismo, levando ao aumento gradual do açúcar no sangue. Assim, o organismo sente-se saciado por mais tempo. Esses carboidratos contêm uma quantidade maior de vitaminas, minerais e fibras e, como a digestão é mais lenta, transformam-se menos em gordura. Incluem amidos e fibras.  Fazem parte desse grupo o arroz, integral, aveia, centeio, quinoa, batata (inglesa e doce), mandioca, cenoura, grão de bico.

Alimentos podem inflamar o cérebro

Alimentos podem inflamar o cérebro

A escolha dos alimentos que são ingeridos no dia a dia faz toda a diferença na saúde geral do corpo. Mas, o que poucos sabem é que algumas opções, muito comuns na rotina da maioria das pessoas, também podem descompensar o metabolismo e acabar inflamando o cérebro.

Para reduzir essa probabilidade, é preciso optar por comida sem manipulação química. Prefira peixes ricos em gorduras boas, como ômega 3, óleo de coco, azeite de oliva extravirgem de boa qualidade, oleaginosas (castanhas, nozes e amêndoas), verduras e legumes orgânicos, geleia real e alga clorella.

É importante enfatizar que, para ter saúde, o sono reparador é fundamental. Também vale controlar o estresse e dar atenção à prática regular de exercícios físicos.

Você conhece as hortaliças brássicas?

Você conhece as hortaliças brássicas?

Elas correspondem ao grupo de alimentos que inclui o brócolis, a couve-de-bruxelas, o couve-flor e o repolho. Ricas em vitamina C, fibras e compostos bioativos como flavonóides e glicosinolatos, são capazes de reduzir o risco de câncer, além de possuir ação cardioprotetora.

A sugestão é consumir de três a cinco porções por semana. Entretanto, evite o cozimento excessivo para minimizar a perda dos nutrientes e da vitamina C.