O número de pessoas com sobrepeso e obesidade tem aumentado muito e é alarmante. A obesidade é uma doença crônica, piora a qualidade de vida e aumenta o risco de desenvolvimento de diabetes e doenças cardiovasculares, como infarto e derrame cerebral.

Antes, pensava-se que era só a comida que engordava, hoje, entende-se que os mecanismos são muito mais complexos, estando envolvido o estresse crônico. A falta e diminuição da qualidade do sono, os maus hábitos alimentares, o sedentarismo, as emoções, assim como as toxinas ambientais (agrotóxicos, aditivos alimentares, dioxinas, derivados de petróleo) participam no desenvolvimento da obesidade.

A obesidade é uma doença inflamatória. A gordura é um órgão, que controla várias funções do metabolismo. Como ocorre a inflamação em quem está com alguns quilos extras? Algumas moléculas, chamadas adipocinas, são liberadas na corrente sanguínea e geram inflamação crônica em vários órgãos. A resistência à insulina é uma das principais consequências da inflamação e está relacionada com diabetes, doenças cardiovasculares, gordura no fígado, síndrome do ovário policístico, inflamação no cérebro, na pele (como a acne) e alguns tipos e câncer.

Sabemos que o estresse crônico e a obesidade ativam o eixo, que vai do cérebro até as glândulas suprarrenais, e estimulam a produção do cortisol, diga-se hormônio do estresse. O aumento do cortisol está relacionado ao aumento da gordura visceral (a que fica entre os órgãos). Além de provocar alteração em neurotransmissores do cérebro, libera uma substância chamada glutamato, que, quando em excesso, é tóxica para o cérebro e deixa a pessoa agitada. O glutamato está presente em alimentos industrializados, como embutidos, enlatados, molhos prontos, no refrigerante, salgadinhos, etc.