Digestão e saúde emocional

Digestão e saúde emocional

Pensamentos tóxicos são piores do que açúcar. Não adianta comer só pão sem glúten e alimentar raiva, mágoas e contrariedades o tempo todo. Quando sentimos raiva, liberamos adrenalina e cortisol, o coração aumenta o batimento, a respiração fica curta, o estômago dói.   Que contrariedade vivemos? O que não integramos? O que não aceitamos? Nem sempre se trata de alimentos externos.  O que não conseguimos digerir?

O estômago e suas cercanias são uma verdadeira encruzilhada, um ponto onde se cruzam muitas estradas, esôfago, estômago, duodeno, o canal do colédoco que traz a bile, o canal que traz do pâncreas o suco pancreático. Dependendo do alimento ou do sentimento, através do parassimpático, pode estimular a liberação de ácidos e, consequentemente, levar a esofagite, gastrite ou úlcera. Não adoecemos quando estamos em paz com o nosso interior.

Quando precisamos digerir algum acontecimento pesado ou certos alimentos, a digestão pode levar muito tempo. Por isso, é interessante que, nas próximas refeições, você comesse algo leve, para não ficar empanturrado e cheio de gases. O nosso corpo precisa de jejum, visto que qualquer alimento em excesso nos deixa doentes.

Vocês já notaram que não raciocinamos da mesma maneira após uma farta refeição. Quando estamos com o “ventre” sobrecarregado escapam muitas informações, seja durante o trabalho, palestras, cursos. Quando comemos muito, a circulação fica praticamente em torno da digestão e, com isso, a capacidade de raciocínio diminui, ficamos sonolentos, bocejando. Já experimentou fazer jejum?  Jejuar não é ter fome. É um ato voluntário para despertar a vigilância, conhecer-se.

Observe os problemas a nível do abdome e perceba que a doença não chegou ali por acaso. Existem causas externas (intoxicação, acidente), mas também as emocionais, conscientes e inconscientes.

Algumas situações nos causam mal no ventre e nos dão vontade de vomitar. Mostram que nosso corpo é ligado com o que passa no mundo. Observar o ventre é observar o mundo das nossas emoções. Às vezes, temos medo de rir e de chorar e podemos lembrar de momentos em que tivemos a sensação de receber um soco no estômago. Todos nós temos coisas difíceis a digerir e as coisas pesadas nem sempre dependem do que comemos, mas, sim, de certas palavras que escutamos, de certos olhares, de certos gestos, dos sapos que não engolimos. Existem pressões que nos sufocam, fazem o estômago queimar, deixam gosto amargo na boca, provocam ânsia e tiram o apetite. Há memórias muito fortes que se inscrevem nestas partes do corpo.

Quando vivenciar alguma chateação, preste atenção no que o corpo vai manifestar, como dor ou mal-estar. Para ter saúde, precisamos estar mais conscientes. Só assim faremos escolhas que promovem equilíbrio total.

 

Ansiedade: como controlar? (parte 2)

Ansiedade: como controlar? (parte 2)

A ansiedade pode impedir o indivíduo de tomar decisões corretas e até mesmo paralisá-lo diante de alguma situação. Mas, você sabia que a alimentação equilibrada é uma forma natural de controla-la? Alguns alimentos contêm aminoácidos e vitaminas essenciais, que atuam diminuindo o estresse e combatendo a ansiedade:

– Consuma alimentos ricos em triptofano, que é um precursor da serotonina e proporciona bem-estar, como arroz integral, banana, aveia, chocolate, oleaginosas, carne, ovos, leite e derivados.

– Chocolate: o cacau é uma fonte de antioxiodantes, de fitoquímicos e de triptofano. Para se beneficiar, consuma 6 gramas (um quadradinho) de chocolate amargo com mais de 70% de cacau.

– Carnes e peixes são fontes naturais de triptofano, aminoácido que, em conjunto com a vitamina B3 e o magnésio, produz serotonina, importante para o sono, humor e no controle da ansiedade. Os peixes contêm taurina, substância que aumenta a produção de GABA, também com ação calmante.

– Espinafre, contém folato, que é uma vitamina antidepressiva natural. Quando diminui o ácido fólico, diminui a serotonina.

– Consuma mais aveia, feijões, lentilhas, ervilha, batata doce, inhame, cará, que são fontes de carboidratos e de energia.

– Alface: é rico em lactucina e folato, que atuam no organismo como calmantes.

– Ovos: são fontes de vitaminas do complexo B, acetilcolina e niacina. A carência dessas substâncias no organismo pode provocar ansiedade e apatia.

– Maçã: é rica em fibras, carboidratos, zinco e selênio.

– Uva: é fonte de vitaminas do complexo B, que auxiliam no funcionamento do sistema nervoso central.

– Laranja: fonte de vitaminas e cálcio, é uma fruta energética que relaxa os músculos e combate a fadiga.

– Suco de maracujá: possui propriedades calmantes e ansiolíticas.

– Tome mais chá de camomila e de cidreira devido à ação calmante.

Recomendações:

– Diminua o café e o álcool;

– Melhore a qualidade do sono: para um bom descanso, precisamos de um ambiente escuro e sem energia eletromagnética de aparelhos eletrônicos, como celular e TV.

– Pratique regularmente atividades que relaxem o corpo e a mente, como caminhadas, bicicleta, musculação, dança, meditação, ioga e Tai Chi Chuan.

-Pratique exercício físico: ele estimula a liberação de endorfinas, substâncias bioquímicas que promovem a tranquilidade.

– Busque tratamentos integrativos, como: acupuntura, Reiki, massagens, pois ajudam a acalmar a mente.

– Pare em algum momento do dia para respirar de forma consciente. Inspire e expire pelo nariz e repita algumas vezes, pois essa técnica reduz a ansiedade, além de aumentar o fluxo de sangue no cérebro.

Pequenas mudanças no estilo de vida são a melhor forma para o tratamento da ansiedade.

Ansiedade (parte 1)

Ansiedade (parte 1)

A ansiedade é algo muito próximo da preocupação. E preocupação é um medo de que as coisas não saiam como nós gostaríamos. O ansioso vive mais no futuro, angustiado com situações que talvez nem aconteçam.

A ansiedade fisiológica é essencial para a nossa evolução e sobrevivência. É basicamente uma resposta do corpo vinda do sistema nervoso autônomo, que age independente do nosso pensamento racional, como um reflexo. O sistema nervoso simpático é ativado, preparando o corpo para fugir ou lutar em uma situação de perigo. Isso faz liberar a adrenalina, que causa reações como:

*Aceleração dos batimentos cardíacos e contração dos vasos sanguíneos para levar o sangue mais rapidamente;

*Mãos frias, úmidas e suor excessivo;

*Dilatação dos brônquios para aumentar a respiração e o consumo de oxigênio;

*Diminuição da motilidade do intestino para guardar energia para outras ações;

*Dilatação das pupilas para melhorar a visão mesmo em pouca luz;

*Aumento da liberação da glicose no sangue para dar mais energia às células.

A liberação do cortisol também ocorre neste processo, o que pode trazer alguns impactos à saúde, como aumento da gordura corporal, elevação da insulina (que se for crônica, pode engordar), a digestão se torna mais lenta, pode ocorrer cansaço crônico e esgotamento mental.

Os sintomas de ansiedade tendem a se manifestar a nível físico, como sensação de aperto no peito, ou a nível emocional, como a presença de pensamentos negativos. Geralmente, surgem vários sintomas ao mesmo tempo.

Os indivíduos ansiosos tendem a ser impulsivos e ter certa urgência em resolver problemas. As mulheres têm uma maior probabilidade de desenvolver crises de ansiedade do que os homens. Para o ansioso, tudo é urgente e ocorre uma bagunça nas emoções.

Sintomas Físicos             

– Enjoo e vômitos

– Tontura ou sensação de desmaio

– Falta de ar ou respiração ofegante

– Dor ou aperto no peito e palpitações no coração

– Dor de barriga, podendo ter diarreia

– Roer as unhas, sentir tremores e falar muito rápido

– Tensão muscular, causando dor nas costas

– Irritabilidade e dificuldade para dormir

Sintomas Psicológicos

– Agitação e balanço das pernas e dos braços

– Nervosismo

– Dificuldade de concentração

– Preocupação

– Medo constante

– Sensação de que algo ruim vai acontecer

– Descontrole sobre os próprios pensamentos

– Preocupação exagerada em relação à realidade

Na próxima semana falaremos sobre alimentação e alternativas que podem auxiliar no controle da ansiedade. E, você, considera-se ansioso?

Você já ouviu falar na Síndrome de Bournout?

Você já ouviu falar na Síndrome de Bournout?

A Síndrome de Burnout é uma das consequências do ritmo de vida acelerado, caracterizado por esgotamento mental e físico. Este estado de tensão emocional normalmente é desencadeado por um período de preocupação ou estresse crônico sem intervalos adequados para o descanso.

A síndrome é mais comum em profissionais que trabalham direto com pessoas ou que são submetidos a muita pressão.

Os sintomas são inúmeros e podem ser confundidos com várias doenças, inclusive, com a depressão. O esgotamento físico e emocional tende a ser percebido através de mudanças de comportamento, como agressividade, irritabilidade, isolamento, oscilação de humor, dificuldade de concentração, ansiedade, tristeza e pessimismo, dor de cabeça frequente, tontura, insônia, problemas digestivos e intestinais, cansaço crônico, suor excessivo, oscilação da pressão arterial e irregularidades do ciclo menstrual.

Melhorar a qualidade de vida é uma das armas para prevenir e tratar o esgotamento mental. E isso inclui cuidar da saúde geral, dormir cedo, alimentar-se bem, praticar exercícios, fazer pausas durante o trabalho, desligar-se dos afazeres à noite e nos finais de semana.

Já é sabido que a alimentação saudável é fundamental em períodos de alto estresse, pois é a partir da alimentação que temos os nutrientes para produzir enzimas digestivas, hormônios e para que o metabolismo como um todo funcione adequadamente.  A dica é priorizar alimentos fontes de proteína, como carne, peixes, ovos, queijo, estes precursores dos aminoácidos necessários para a produção de neurotransmissores cerebrais, que auxiliam no humor e bem-estar. Vale também consumir mais folhas verdes e vegetais ricos em magnésio, vitamina C e colina. Provar mais frutas vermelhas, que são ricas em antioxidantes que auxiliam na redução do estresse oxidativo, elevado em momentos de tensão, é mais uma sugestão.

Consuma mais carboidratos advindos de cereais, batata doce, inhame e de frutas, eles são a principal fonte de energia em momentos de estresse intenso. Evite a monotonia alimentar, ou seja, comer sempre as mesmas coisas. Varie, prove sabores e alimentos diferentes. Além disso, aumente a ingestão de água, diminua o café, substituindo-o por chás calmantes, como camomila e cidreira.

Durma mais cedo, em local silencioso e escuro, para que a melatonina, indutora natural do sono, seja liberada. É durante o sono que acontece a regeneração de órgãos e tecidos. A atividade física regular auxilia na liberação de serotonina e endorfinas, substâncias envolvidas no humor e bem-estar.

Busque momentos de relaxamento e lazer para controlar o cortisol. Procure desacelerar: seja com meditação, massagem, sauna, reiki, acupuntura, caminhada ao ar livre, ioga, férias. Estas atividades estimulam o sistema nervoso parassimpático, promovendo relaxamento. E, o melhor remédio: desacelerar para, dessa forma, recuperar a saúde.

Fique atento à vitamina D

Fique atento à vitamina D

A vitamina D é absorvida no intestino, junto com as gorduras e com a ajuda da bile. Depois de absorvida, é convertida na pele no hormônio ativo, por meio dos raios ultravioletas. Por isso, a importância de exposição solar diária.

Para que a vitamina D desempenhe seu papel precisa dos rins e do fígado funcionando direitinho, assim como a presença de radiação solar e alimentação equilibrada. Sabemos que alimentação rica em carboidratos refinados, como pães, massas, doces, açúcar, dificulta a absorção dessa vitamina. Talvez esteja aí um dos motivos de tanta gente estar com vitamina D baixa.

Para a vitamina D ser absorvida, precisamos de uma alimentação equilibrada, com gorduras de boa qualidade e menos carboidratos refinados.

Como aumentar a vitamina D?

A vitamina D é a vitamina do sol. Na nossa pele, a exposição solar produz várias reações químicas que estimulam a ativação da vitamina D.  Lembrando que o uso do protetor solar impede que essas reações aconteçam. O ideal seria que a pessoa se expusesse dez minutos ao dia com a maior parte do corpo descoberta e que tomasse banho só depois de trinta minutos da exposição, para que ocorra a conversão da vitamina D na pele.

A prática de exercícios ao ar livre é uma das formas de aumentar a absorção da vitamina D. Também a encontramos, em menor quantidade, em alguns alimentos, como salmão, atum, arenque, sardinha, gema de ovo, carne, leite e manteiga.

 Excesso de vitamina D pode ser tóxico para o organismo?

Muita gente está ingerindo suplemento de vitamina D em altas doses, sem acompanhamento. A vitamina D precisa de outras vitaminas para ser absorvida. Cada pessoa tem um metabolismo, e uma necessidade. A suplementação de vitamina D mexe com o metabolismo do cálcio, magnésio e do fósforo. Se mal prescrita, pode fazer uma bagunça no metabolismo.

Qual a importância da vitamina D para a saúde?

A deficiência de vitamina D está relacionada a várias doenças. Os estudos mostram que baixos níveis dessa vitamina se relacionam a doenças autoimunes, doença inflamatória intestinal, depressão, infecções a repetição, doenças cardiovasculares, diabetes, dores articulares, câncer, doença de Parkinson e Alzheimer, entre outras. É importante frisar que idosos, crianças, gestantes, pessoas com pele morena e obesos apresentam mais deficiência de vitamina D.

Quais são os sinais de vitamina D baixa?

Um indicador pode ser a imunidade baixa, resfriados frequentes, alteração do humor, irritabilidade, dores no corpo, fraqueza e insônia. Por ser uma vitamina que também faz o papel de hormônio, os sinais e sintomas podem variar em cada pessoa. Alguns medicamentos tendem a interferir na absorção e utilização da vitamina D, como antiácidos, corticóides, laxantes e quimioterapia.