Dormir faz bem para a saúde

Quando perdemos saúde, podemos recuperá-la por meio de cuidados médicos adequados, dieta e exercício. O tempo perdido, não volta mais. Ninguém pode ganhar tempo e a falta dele é um problema sério da vida moderna. Não temos tempo para nós mesmos, para nos exercitarmos, preparar as nossas refeições, para o lazer, ler um bom livro.

Além disso, não estamos dormindo o suficiente. A importância de um ciclo regular de sono-vigília tem estreita relação com o apetite. Dormir poucas horas aumenta o apetite e o risco de diabetes. Sem um período adequado de sono, nosso organismo não pode funcionar corretamente. A privação causa a inversão do biorritmo do cortisol (hormônio do estresse), que leva ao acúmulo de gordura.

Mas, quantas horas de sono são suficientes? O ideal para que ele seja reparador são, em média, de sete a nove horas, porém, essa matemática depende de cada pessoa.

Se o sono for de qualidade, o dia será mais produtivo e você terá mais energia. A imunidade também fica fortalecida, ocorre a prevenção do diabetes, de doenças cardíacas e da hipertensão arterial. Não dormir afeta as habilidades cognitivas e a memória. Além disso, desencadeia aquele mau humor e irritabilidade que contaminam os colegas de trabalho e a família.

Portanto, não deixe de dormir. Esqueça o celular, o tablet, o computador e os compromissos que não são essenciais. Dê a você esse tempo!

Quando comer e quando não comer

O ideal seria realizarmos três refeições equilibradas durante o dia. Elas devem seguir aquele velho ditado: comer de manhã como um rei, ao meio dia como um príncipe e à noite como um mendigo.

Pela manhã, quando seu estômago descansou bem durante a noite, ele está preparado para receber uma refeição rica em nutrientes e, assim, encarregar-se de elaborar energia para o desempenho das tarefas do dia. Escolha os alimentos que vai ingerir no café da manhã. A primeira refeição precisa de proteína, carboidrato e gorduras boas, além dos micronutrientes.

À noite, quando o corpo está cansado e lento, prefira ingerir alimentos leves e de fácil digestão. Você precisa descansar durante o sono. Se o jantar foi pesado e copioso, a circulação sanguínea vai estar voltada para o seu estômago e o sono não vai ser restaurador. Cansaço matinal, indisposição, dor de cabeça e gosto amargo na boca, podem ser sinais de que o jantar não foi o mais adequado.

O QUE FAZER? Faça jejum de quatro a cinco horas entre uma refeição e outra. Seu aparelho digestivo também precisa de repouso.

A vital vitamina B12

A vitamina B12, que tem como principais fontes a carne vermelha e o leite, é essencial para o bom funcionamento do organismo. A deficiência pode levar a anemia macrocítica (célula grande). As células sanguíneas anormais têm menor capacidade de transportar oxigênio, causando fadiga (cansaço).

A falta de B12 também pode levar ao quadro de confusão, depressão, irritabilidade, falta de concentração, apatia, oscilação do humor, queda de cabelo e aumento da homocisteína, ou seja, maior formação de placas ateroscleróticas e obstrução arterial. Este fatores provocam problemas cardíacos e AVC.

Boa parte da deficiência se deve à absorção insuficiente por intolerância à lactose, doença celíaca ou pela idade. Pessoas idosas perdem a capacidade de absorver a vitamina por causa da redução das secreções estomacais (ácido gástrico e a enzima pepsina).

A B12 participa da síntese do DNA, na reprodução das hemácias (células vermelhas) e mantém a bainha de mielina que recobre as células nervosas. Ela atua junto com outras vitaminas do complexo B e, ainda, age na conversão do carboidrato, proteína e gordura em energia para o organismo. A vitamina ajuda a eliminar a homocisteína, um produto de degradação da metionina potencialmente danoso. Para lembrar: a homocisteína pode danificar a parede interna das artérias e desencadear problemas cardíacos.

Por tudo isso, ela é indispensável na dieta e quem é vegano necessita de suplementação de B12. Já os intolerantes à lactose ou que tenham doença celíaca devem ficar atentos, assim como os idosos. É sempre válido consultar seu médico a respeito.

O ambiente onde comemos fala muito!

Para ter saúde, não basta só comer alimentos funcionais e orgânicos. O momento das refeições deve ser sagrado: comer na mesa, sem televisão, sem discussões e brigas, reservar o celular para depois, ter tempo para comer, deixar as preocupações de lado. Qualquer assunto desagradável pode atrapalhar a digestão e o sistema nervoso.

Evite também ingerir líquidos durante a refeição, pois eles prejudicam a digestão e a produção de enzimas. Água faz bem, mas se for ingerida até meia hora antes e somente uma hora após as refeições.

DICA:
Procure comer devagar, mastigando bem cada porção do alimento. Lembre-se: o estômago tem ‘boca’, mas não tem ‘dentes’. Então, mastigue, mastigue e mastigue até não ter mais o que mastigar. Como dizia Mahatma Ghandi: “Deveis mastigar os líquidos e beber os sólidos”.

Quer tentar melhorar sua saúde?

Comece evitando, por um mês, produtos que contenham açúcar branco, como bolos, tortas, refrigerantes, e guloseimas em geral. Você vai notar muita diferença na sua saúde.

O açúcar, aliás, é o grande responsável pela hiperatividade e excitação permanente nas crianças. Já que são os pais que fazem as compras, basta não comprar ‘porcaria’ que a criança vai comer frutas, feijão e carne, com certeza. Vale lembrar que os filhos copiam os pais o tempo todo e não adianta querer que a criança tenha uma alimentação saudável se você come snacks na frente dela.

Outra atitude importante é diminuir o consumo de carne vermelha, mesmo que ela seja considerada como um alimento essencial. Se compararmos a anatomia e a fisiologia do nosso sistema digestivo com a dos animais, perceberemos que temos mais semelhanças com os herbívoros e não com os carnívoros. Arcada dentária, tamanho do tubo digestivo e secreções nos apontam para uma dieta predominantemente constituída de vegetais, frutas, sementes, raízes e cereais.

A carne, alimento de difícil digestão, é cheia de toxinas que envenenam o sangue. Por exemplo, a versão assada sobre brasas contém nitrosaminas – hidrocarbonetos aromáticos -, substâncias que aumentam o risco de câncer de intestino. Devemos buscar conhecimento sobre o que é saudável e o que não é para começarmos a fazer escolhas inteligentes quando formos ao supermercado e restaurantes.

DICA:
Para alguns é muito difícil ficar sem carne vermelha. Este é o seu caso? Então, pelo menos, tente diminuir a ingestão. Substitua por peixes e ovos. Faça a experiência você mesmo, evite carne uma vez por semana e observe as reações do corpo no tocante à digestão e disposição.

Azeite de oliva: como utilizá-lo?

O azeite de oliva é uma gordura monoinsaturada e também um dos alimentos mais consumidos no Mar Mediterrâneo por causa das propriedades benéficas que apresenta. Esta região é reconhecida como uma das mais saudáveis do planeta.

Entre os principais benefícios do alimento estão os efeitos positivos sobre o LDL e o HDL (colesterol), melhora do metabolismo da glicose (açúcar) e auxílio no controle da pressão alta. Ele também colabora na manutenção da memória e melhora a função endotelial (parede interna das artérias).

É sabido que o azeite de oliva é saudável. O azeite extravirgem possui um teor maior de clorofila, por isso, quando colocado em um recipiente claro é possível perceber uma coloração esverdeada. E é por conta dessa clorofila que o azeite não é o mais adequado para cozinhar/refogar, uma vez que o calor destrói parte das propriedades e pode produzir radicais livres. Mesmo mantendo cerca de 80% das substâncias antioxidantes, não é o mais recomendado para fritar.

Se você quer cozinhar em altas temperaturas, prefira as gorduras saturadas, de fonte animal, como banha de porco, pato, carneiro, ou as gorduras de coco, babaçu ou palmeira. A manteiga também se enquadra. Evite ao máximo os óleos vegetais, como milho, girassol, canola, soja. Eles são óleos poli-insaturados, que já saem destruídos da indústria.

Para que o azeite de oliva extravirgem mantenha as propriedades antioxidantes prefira os de vidro mais escuros e mantenha em garrafas bem fechadas, longe da luz e do calor, para não ficar rançoso (oxidado). Além disso, use o seu azeite de oliva, preferencialmente, depois dos pratos prontos. Porém, se for fazer frituras (aquecer) e não tiver gordura de coco ou as outras recomendadas, prefira o azeite de oliva ante os óleos vegetais (milho, canola, soja).