Hipertensão e Obesidade

Hipertensão e Obesidade

Mesmo que em 90% dos casos de hipertensão não haja uma causa identificável, existem vários fatores associados ao seu desenvolvimento e o excesso de peso é um deles. Responsável por ampliar de duas a seis vezes o risco de hipertensão, ele exige cuidados especiais, como a adoção de programas de redução de peso.

Segundo as Seis Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, o índice de massa corporal deve ser inferior a 25kg/m2 e a circunferência da cintura inferior a 102 cm para homens e 88 cm para mulheres. Mesmo a redução de 5% a 10% do peso inicial já é capaz de produzir uma diminuição na pressão arterial.

É estabelecido que uma dieta equilibrada é aquela constituída pela ingestão de frutas, verduras, derivados de leite desnatado e alimentos com quantidade reduzida de gorduras saturadas e colesterol. Mas, o hipertenso também deve ficar atento a outros cuidados.

É extremamente importante que as pessoas com hipertensão reduzam a quantidade de sal na elaboração de refeições e retirem o saleiro da mesa. Isso porque, no corpo humano, o sal age como uma esponja retendo água nos tecidos, permitindo uma elevação da pressão arterial.

As novas diretrizes prescrevem a ingestão diária de até 6g/dia de sal (2 colheres de chá rasas ou 4g, além das 2g de sal já presentes nos alimentos naturais). Entretanto, os especialistas recomendam que se dê preferência, ao invés dos industrializados, a temperos naturais como limão, ervas, alho, cebola, salsa e cebolinha.

Além disso, vale ressaltar que alimentos com alto teor de gordura são  aqueles com maior quantidade de sal. As fontes industrializadas (enlatados, conservas, defumados, etc) são igualmente ricas em cloreto de sódio.

A ingestão de potássio também é prescrita. O potássio é uma fonte mineral cujas propriedades têm efeitos favoráveis em relação à redução da pressão. Ele é encontrado, principalmente, em frutas, legumes e vegetais de cor verde escura. A dieta rica em vegetais e frutas contém 2g a 4g de potássio por dia e pode ser útil na redução da pressão e na prevenção da hipertensão arterial.

Dias de folia exigem cuidados com a alimentação

Dias de folia exigem cuidados com a alimentação

Os dias de Carnaval estão chegando e os preparativos para quem pretende aproveitar a festa já fazem parte da rotina. Mas, além de decidir o destino e as companhias, os foliões devem ficar atentos a alguns detalhes que podem minar qualquer diversão.

Não é só de descontração que o Carnaval é feito e, por isso, descuidos na alimentação podem provocar problemas incapacitantes, como a desidratação, as infecções intestinais e a inconveniente ressaca. De acordo com a médica nutróloga Cristiane Molon, nesta época do ano, é comum a ingestão limitada de líquidos associada à má alimentação. “Os adeptos da folia precisam se hidratar antes, durante e depois das festas. Sugiro beber, pelo menos, dois litros de água por dia”, destaca.

Aos apreciadores das cervejas, a dica é intercalar a bebida alcoólica com suco de frutas ou água mineral. “Como ela é diurética, precisamos repor as vitaminas e sais minerais. A perda de nutrientes pela urina, associada com a baixa ingestão de água, pode ser a causa da famosa ressaca”, explica a especialista.

Quanto à alimentação, a médica esclarece que, para reabastecer o organismo que sofre com as energias gastas nos compromissos de Carnaval, são indicadas seis refeições diárias com intervalos de, no máximo, três horas. O ideal, nesses dias, é consumir mais carboidratos. Eles estão presentes em massas, pães e cereais, todos, de preferência, nas versões integrais. No café da manhã, também podem entrar no cardápio o leite desnatado, o iogurte e o queijo branco.

A nutróloga ainda enfatiza que, entre as três principais refeições, os foliões devem fazer lanches saudáveis com sucos naturais, frutas, água de coco e açaí. “As barras de cereais são uma boa pedida. Elas unem praticidade e sabor e têm em sua composição carboidratos e fibras”, indica.

No almoço e no jantar, a sugestão é preferir pequenas porções de carnes magras grelhadas e verduras e legumes. Quem não dispensa uma sobremesa deve preferir as frutas ou as gelatinas. “Lembre-se de evitar alimentos muitos gordurosos, pois eles retardam o esvaziamento do estômago e dificultam a digestão”, afirma. Integram esta lista os pasteis fritos, os biscoitos recheados, carnes gordas, queijos amarelos, chocolates e pastas à base de maionese.

Recomendações saudáveis para curtir a folia

– Beber muito líquido durante a festa;

– Comer a cada três horas;

– Ingerir pequenas porções em várias refeições diárias;

– Evitar carnes e lanches gordurosos;

– Não ficar sem comer para emagrecer;

– Manter o estômago com algum alimento, mas sem exageros;

– Levar barras de cereais;

– Não comer em lugares sem higiene adequada;

– Se beber álcool, intercalar água ou suco de fruta entre um gole e outro;

– Dormir bastante e evitar emendar um dia no outro;

– Cuidar com as doenças sexualmente transmissíveis, principalmente, a AIDS e a hepatite. O sexo seguro é obrigatório.

Os 10 mandamentos da reeducação alimentar

Os 10 mandamentos da reeducação alimentar

1º mandamento

Amar e aceitar a si mesmo, este é o primeiro passo para se realizar uma mudança. Enquanto ficarmos brigando com nossos defeitos, não conseguimos enxergar as qualidades.

 2º mandamento

Não faça promessas absurdas. Não adianta programar emagrecer mais do que consegue em um tempo milagroso. Isso desmotiva!

 3º mandamento

Evite sentir fome! A fome é um mecanismo que nosso corpo utiliza para nossa proteção, portanto, funciona quase que instintivamente. Para comer com equilíbrio precisamos comer racionalmente, pensando e selecionando o que vamos ingerir.

 4º mandamento

Não belisque entre as refeições. O hábito de beliscar não deixa registros, nem físicos, nem mentais, o que, de certa forma, permite que se coma mais do que deveria.

 5º mandamento

Valorize ao máximo tudo o que comer. Se você está acima do peso, certamente, é uma pessoa que gosta de comer bem. Portanto, use bem este prazer, evite comer por comer. Faça um trato consigo mesmo: só comerei alimentos que realmente sejam saudáveis.

 6º mandamento

Não cobice o prato do vizinho. Torne seu prato agradável ao olhar e ao paladar. Assim, acabará com aquela ideia de que só é bom o que não faz parte da sua dieta.

7º mandamento

Compre apenas os alimentos que consegue controlar: se é difícil se controlar quando há muito queijo em casa, quando há um bolo na geladeira ou quando sente o cheiro do chocolate, para que se martirizar?! Se você já sabe que não consegue ficar apenas na primeira bala ou bolachinha, NÃO COMPRE!

8º mandamento

Retome a dieta sempre que cometer um pecado. Este mandamento costuma ser o mais eficiente, mas também é o hábito mais difícil de ser aprendido. Para aprendermos a retomar após deslizes, precisamos exercitar várias vezes essa atitude. Foco e persistência.

9º mandamento

Seja verdadeiro com você mesmo. De nada adianta esconder de si mesmo aquele pedacinho de bolo ou aquele pãozinho que comeu antes do jantar. Também não adianta mentir para si mesmo que está fazendo a dieta corretamente, quando, na verdade, passa o tempo todo beliscando comida. Emagrecer é muito difícil porque ninguém pode fazer por nós.

10º mandamento

Respeite sua orientação alimentar. Sempre que comemos com equilíbrio nosso corpo responde de forma positiva.  Preste atenção na orientação alimentar e experimente cumpri-la da melhor forma possível.  Faça um trato com você mesmo e estipule metas.

Antioxidantes

Antioxidantes

São substâncias que o organismo produz para se proteger dos efeitos danosos dos radicais livres, interrompendo desta forma a produção de outros radicais livres e da inflamação.

Os antioxidantes  que fazem parte da nossa primeira linha de defesa são: Vitaminas E e C, betacaroteno, selênio, zinco, coenzima Q-10, pycnogenol, ácido lipóico, bioflavonóides, lactobacilos entre outros. Nenhum antioxidante é auto suficiente, para mantermos a boa saúde, precisamos de todos eles de forma equilibrada.

Mas afinal, o que são RADICAIS LIVRES? São moléculas ou átomos, com elétrons desemparelhados, naturalmente presente no nosso organismo, com participação ativa em diversos processos como a respiração e a contração muscular.

Os radicais livres são sempre ruins para o corpo?

Existem aqueles que são considerados pouco reativos, como o óxido nítrico, que costumam exercer funções fisiológicas benéficas como a dilatação dos vasos para que o sangue flua melhor, além da defesa contra infecções. No entanto, também existem os que são considerados muito reativos, como o dióxido de nitrogênio- esses sim, possuem efeitos danosos ao organismo e podem contribuir para o surgimento de diversas doenças, assim como envelhecimento precoce.

A oxidação é uma reação química básica encontrada na natureza. Embora a maior parte da oxidação e da produção de radicais livres ocorre durante o processo metabólico natural do organismo, o aumento de radicais livres pode se tornar um problema quando foge do controle. Infelizmente, na sociedade moderna, ingerimos uma grande quantidade de alimentos ricos em calorias, mas pobres em nutrientes, as chamadas “calorias vazias”- uma das causas importantes do aumento do estresse oxidativo. Porém nem tudo é uma questão somente da alimentação.. É importante também o bom funcionamento do sistema gastrointestinal, tanto na absorção de nutrientes provenientes da alimentação quanto na desintoxicação. Hoje sabemos que a saúde intestinal está intimamente relacionada com a imunidade, principalmente pela capacidade de produzir anticorpos, bem como facilitar a absorção dos nutrientes para manutenção do bom funcionamento do organismo como um todo.

Outras fontes de radicais livres

Sabe-se que os níveis elevados de ferro promovem oxidação do LDL, ou colesterol ruim, que é um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares,  AVC e a arteriosclerose.

Outra fonte de radical livre  são as gorduras trans da alimentação assim como todos os poluentes ambientais (agrotóxicos, pesticidas, herbicidas, fumaça de cigarro) e uma variedade cada vez maior de substâncias químicas industriais.

É interessante observar que o sistema imunológico utiliza os radicais livres para destruir os invasores. No entanto, qualquer doença ou infecção cria grande quantidade de radical livre. Por isso, infecções crônicas, como disbiose intestinal, sinusite, gastrite ou simplesmente resfriados repetitivos alimentam altos níveis de estresse oxidativo e  assim, mais danos pode causar.

Devemos buscar todas as formas de estímulo para desenvolver as melhores defesas imunológicas possíveis, já que a imunidade é um dos parâmetros essenciais á saúde.

ORIENTAÇÕES PARA UM ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL

– Consuma alimentos frescos, frutas, legumes e verduras

– Consuma alimentos integrais

– Diminua o consumo de proteína animal, que é pobre em antioxidantes

– Consuma diariamente de 1 a 2 litros de água

– Coma regularmente, de três em três horas, porções pequenas e variadas

– Consuma suplementos nutricionais com ação antioxidante

– Pratique exercício físico regularmente e reduza o estresse

– Durma de 6 a 8 horas por noite

– Trate as infecções crônicas (gastrite, disbiose intestinal), diminuindo a exposição a endotoxinas, bactérias e fungos.

– Faça check-ps nutrológicos regularmente.

 

Fonte: Revista Pró-Saúde

Transtornos alimentares: conheça os mais comuns

Transtornos alimentares: conheça os mais comuns

A anorexia, a bulimia nervosa e o transtorno da compulsão alimentar periódica são doenças cada vez mais frequentes, afetando homens e mulheres. Os fatores associados são puberdade, genéticos e socioculturais (culto exagerado ao corpo, uso de álcool e drogas) ou psicológicos. Compreenda os tipos mais comuns de transtornos alimentares:

ANOREXIA NERVOSA: é um transtorno alimentar caracterizado pela intensa perda de peso, na busca desenfreada pela magreza. Seus adeptos seguem dietas rígidas, podendo chegar à perda de 85% do peso corporal. Os pacientes anoréxicos apresentam distorção da imagem corporal, mesmo caquéticos se veem obesos. É uma doença com riscos clínicos, podendo levar à morte por desnutrição.

BULIMIA NERVOSA: também é um transtorno alimentar onde a pessoa come demais e de maneira descontrolada, depois sente remorso induzindo vômito, fazendo uso de laxantes e diuréticos. Uma das principais características psicológicas é o sentimento de culpa pelos seus atos, assim como baixa autoestima e humor depressivo.

TRANSTORNO DA COMPULSÃO ALIMENTAR PERIÓDICA

Neste transtorno, observamos episódios de ingestão exagerada e compulsiva de alimentos semelhantes aos que ocorrem na bulimia, porém, sem a indução de vômitos ou uso de laxantes. Geralmente são indivíduos que estão acima do peso ou são obesos. Estes episódios acontecem pelo menos duas vezes na semana. Tem uma grande associação a transtornos psicológicos como depressão, transtorno de imagem corporal, níveis altos de estresse, entre outros.

ORTOREXIA: É a preocupação excessiva com a alimentação saudável, principalmente, quando passa a restringir muito a alimentação, podendo apresentar deficiências nutricionais. Realizar o diagnóstico precoce e propiciar o tratamento adequado é a melhor maneira de evitar complicações como a desnutrição e a morte. Como o transtorno alimentar é uma doença multifatorial, é necessário que o tratamento envolva diferentes especialistas e múltiplas técnicas que devem estar em sintonia para cada paciente em particular, motivo pelo qual o médico é essencial no tratamento.

Realizar o diagnóstico precoce e propiciar o tratamento adequado é a melhor maneira de evitar complicações como a desnutrição e a morte. Como o transtorno alimentar é uma doença multifatorial, é necessário que o tratamento envolva diferentes especialistas e múltiplas técnicas que devem estar em sintonia para cada paciente em particular, motivo pelo qual o médico é essencial no tratamento.

 

Fonte: Revista Pró-Saúde