Ovo: por que comê-lo?

O consumo do ovo é um assunto que, vez ou outra, gera polêmicas e dúvidas. Para esclarecer algumas delas, hoje, compartilho com vocês os motivos principais para incluir esse alimento em suas refeições.

– Controle do peso e manutenção da massa muscular
As proteínas de alta qualidade contribuem para a sensação prolongada de saciedade e para manter a energia do organismo (em média, um ovo tem 70 calorias). Além disso, as proteínas favorecem o ganho de massa muscular em pessoas idosas.

– Gestação saudável
A gema do ovo é uma excelente fonte de colina, essencial para o desenvolvimento do sistema nervoso central e para a prevenção de anomalias fetais. Ela também é importante para a função cerebral em adultos, mantendo a estrutura das membranas celulares. A colina é componente-chave para a neurotransmissão, pois envia as “mensagens” do cérebro para os músculos.

– Saúde dos olhos
Luteína e zeaxantina, dois antioxidantes encontrados no ovo, ajudam a prevenir a degeneração macular, umas das causas de cegueira em idosos.

Açúcar: use com bom senso

Lembre-se: açúcar é açúcar!

Em excesso, qualquer forma de doce é maléfica para o organismo. O que importa é a quantidade e a frequência com que ingerimos. Se for usar açúcar, use com muita moderação. O bom senso deve prevalecer sempre.

O excesso de açúcar aumenta a gordura corporal, além de agravar e desencadear diabetes, obesidade, aumento dos triglicerídeos e provocar gordura no fígado. O açúcar desencadeia um fenômeno chamado de glicação, ou seja, a “caramelização celular”, o que inflama silenciosamente as células.

Portanto, use o açúcar com bom senso. Prefira a versão orgânica da calda de agave, do mascavo ou do melado, que não tem substâncias aditivas e preserva os nutrientes.

Não existe uma recomendação específica para o consumo de açúcar. Porém, por ser rico em calorias e não fornecer fibras e proteínas é aconselhável diminuir a ingestão ao máximo. Consideramos o produto um alimento com calorias vazias.

Qualidade de vida x Saúde intestinal

Parte da nossa qualidade de vida começa com a saúde intestinal. O intestino apresenta estreita relação com as nossas emoções bem como com a imunidade.

A influência do intestino sobre o nosso organismo é tão forte que esse órgão vem sendo chamado de “segundo cérebro”. O termo se refere ao fato de que mais ou menos 80% da serotonina, neurotransmissor responsável pela alegria e prazer, são fabricados pelo intestino.

Pequenas e simples atitudes fazem muito bem para o intestino:

– Alimentação rica em nutrientes (verduras, frutas, legumes, cereais integrais e fibras);
– Prática de atividade física (melhora peristaltismo intestinal);
– Reposição de probióticos (lactobacilos), se necessário;
– Ingestão de muita água;
– Mastigação corretamente dos alimentos. Lembre-se: o estômago não tem dentes, mastigue bem o alimento para facilitar a liberação das enzimas digestivas e para melhor absorção dos nutrientes provenientes dos alimentos;
– Deixar de lado alimentos que geram inflamação e fermentação no intestino, como refrigerantes, leite, frituras, pão, queijo, enlatados, carne vermelha, embutidos (linguiça, presunto, salame e salsicha).

Chá verde: alimento funcional

O chá verde é em compostos bioativos que auxiliam na redução do colesterol ruim e na diminuição da ferritina. Também é rico em polifenóis e catequinas e possui efeito termogênico capaz de acelerar o metabolismo, auxiliando na perda de peso. Recomenda-se três xícaras de chá ao dia.

Para quem tem anemia é importante lembrar que o chá verde pode prejudicar a absorção de micronutrientes importantes como o ferro. Por isso, consuma-o longe das principais refeições, como o almoço e o jantar.

Chocolate: alimento rico em nutrientes, mas que exige cuidado

A Páscoa está chegando e é impossível não desejar os doces que se amontoam por todos os lados.

Por isso, hoje, me dedico ao chocolate, que é um alimento funcional, rico em antioxidantes, minerais e flavonoides, substâncias estas essenciais ao organismo. No entanto, para oferecer todos esses benefícios, deve ter, pelo menos, 50% de cacau na composição.

Nesta Páscoa, assim como no restante do ano, evite o chocolate branco. Produzido, basicamente, com manteiga de cacau, açúcar e gordura, ele não possui valor nutricional já que o cacau aparece em quantidades mínimas.

O cacau contém diversas substâncias benéficas, como minerais, vitamina C, ômega 6 e polifenois, poderosos compostos bioativos com propriedades neurotransmissoras, de rejuvenescimento e de redução do apetite e da pressão sanguínea. Pequenas porções de chocolate, principalmente, o amargo, aumentam a quantidade de serotonina, contribuindo para a sensação de bem-estar.

Aos diabéticos e intolerantes à lactose, uma boa alternativa para aproveitar a Páscoa sem prejuízos à saúde é aderir ao chocolate de alfarroba. Esta, é uma vagem comestível com baixo teor de gordura e rica em vitaminas do complexo B e vitamina E.

Diferenças entre os chocolates
– Chocolate branco – não tem cacau e possui mais açúcar e gordura na composição.
– Chocolate ao leite – é o mais comum, tem pouca quantidade de cacau, sendo mais concentrado em leite e açúcar.
– Chocolate meio amargo – é o que tem entre 40% e 55% de cacau. Além disso, possui pouca quantidade de manteiga de cacau e açúcar.
– Chocolate negro ou amargo – é o que tem mais cacau, entre 60% e 85%, e menos açúcar e gordura.