Tenha consciência alimentar

Pense preventivamente e aja de forma que possa viver mais e melhor. Sempre digo que comer uma porcaria ou alimento indigesto é como se sentisse um minuto de prazer e três horas de tristeza. Para conhecer o corpo, basta observá-lo.

Se você sabe que tal alimento faz mal, evite! Ingeriu leite e não se sentiu bem? Bem, você já tem a resposta. Não significa que tem intolerância eterna ao alimento, mas que, nesse momento, ele não faz bem para você, por várias razões.

Muitas vezes, o estresse crônico bagunça o funcionamento do trato digestivo (estômago, pâncreas e intestino) e, então, do nada surgem intolerâncias, alergias, etc. Devemos entender que, agora, o alimento que não caiu muito bem, não é uma boa opção e o ideal é deixá-lo de lado. Quando o estresse passar, você estiver relaxado, faça o teste e observe se a tolerância melhora.

Mas, lembre-se, essa dica não vale para problemas autoimune, como doença celíaca ou alergia alimentar.

Alimentos light e sem gordura ajudam a emagrecer?

Os alimentos light e sem gordura fazem sucesso porque contêm menos calorias. Mas, como são industrializados, têm muito carboidrato, açúcar e sódio. Eles ajudam a diminuir a ingestão de calorias, mas não ajudam a controlar a fome, porque contam com açúcar.

Quando a gordura é removida desses alimentos é necessário adicionar açúcar e sódio para compensar a perda do sabor. O gosto doce é adicionado com xarope de milho ou adoçantes artificiais. Os adoçantes artificiais desregulam o apetite e aumentam a compulsão alimentar. Os adoçantes, como o aspartame, estão relacionados com dores de cabeça, depressão, síndrome metabólica, diabetes, entre outros incômodos e doenças.

Alimentos industrializados são ricos em carboidratos e contêm pouca proteína e gordura. Isso promove a secreção de insulina, o que leva ao armazenamento de gordura e impede o emagrecimento.Quando há a associação desses alimentos com refrigerante ou suco de fruta é desastre na certa, pois o pico da glicose é tão alto que aumenta o apetite pouco tempo depois de comer. Assim, o ciclo vicioso está instalado.

Alimentos processados e industrializados devem ser evitados, pois, além de não serem nutritivos, não promovem a saciedade.

Dietas restritivas podem levar a deficiências nutricionais

Tenha cuidado com dietas restritivas, que excluem alguns alimentos por muito tempo. Elas podem levar a deficiências nutricionais e de vitaminas, além de causar muito mau-humor.

Isso porque, estudos indicam que aminoácidos, carboidratos e vitaminas contidos nos alimentos auxiliam na formação e liberação de neurotransmissores do sistema nervoso central, responsáveis pelas sensações de prazer e bem-estar. Os neurotransmissores do bem-estar são a serotonina, a dopamina e a noradrenalina.

A produção de serotonina, por exemplo, está diretamente ligada a ingestão de alimentos fontes de carboidratos, contidos em massas, arroz integral, frutas e legumes. Já o triptofano, aminoácido precursor da serotonina, é encontrado em carnes, peixes, leite, iogurte, queijos, nozes, banana e leguminosas.

Os outros dois neurotransmissores, a dopamina e a noradrenalina, são produzidos com a ajuda do aminoácido tirosina. Ele está presente nos peixes, carnes magras, aves sem pele, ovos, leguminosas, nozes, castanhas, leite e iogurtes.

Mesmo que a alimentação não seja um remédio para estados de tristeza e melancolia, é certo que ela contribui para nos mantermos mais otimistas e de bom humor. Afinal somos o que comemos.

Hábitos saudáveis contra o estresse

Uma alimentação balanceada, rica em nutrientes e antioxidantes, é fundamental em períodos de alto estresse, pois é a partir dela que temos os nutrientes para produzir enzimas digestivas e hormônios e para que o metabolismo funcione adequadamente. Por isso, se você está percebendo os sinais do esgotamento mental e físico, dê atenção especial ao que consome.

Uma dica é priorizar alimentos fontes de proteína. Nessa lista estão a carne, peixes, ovos e o queijo. Eles são precursores dos aminoácidos, importantes para a produção de neurotransmissores cerebrais, que auxiliam no humor e bem-estar.

Outro grupo alimentar importante é o das folhas verdes e vegetais ricos em magnésio, vitamina C e colina. Vale, ainda, consumir frutas vermelhas, que são ricas em antioxidantes que auxiliam na redução do estresse oxidativo, aumentado em momentos de tensão.

Consuma mais carboidratos, provenientes de farinhas integrais, cereais, batatas e legumes, pois são fontes de energia e, em momentos de alto estresse, a alimentação deve conter tal macronutriente. Para completar, aumente a ingestão de água e diminua o café, substituindo-o por chás calmantes como camomila, erva-doce e cidreira.

Antioxidantes

Os antioxidantes são substâncias que o nosso organismo produz para se proteger dos efeitos danosos dos radicais livres. Alguns, como as vitaminas E e C, betacaroteno, selênio, zinco, coenzima Q-10, pycnogenol, ácido lipóico, bioflavonóides e lactobacilos, fazem parte da nossa primeira linha de defesa. Como nenhum antioxidante é autossuficiente, precisamos de todos eles de forma equilibrada para mantermos a boa saúde.

E os radicais livres? Eles são moléculas ou átomos com elétrons desemparelhados, naturalmente, presentes no nosso organismo, com participação ativa em diversos processos, como a respiração e a contração muscular. Existem alguns pouco reativos, como o óxido nítrico, que costumam exercer funções fisiológicas benéficas. Nessa lista, está a dilatação dos vasos para que o sangue flua melhor, além da defesa contra infecções.

No entanto, também há os que são considerados muito reativos, como o dióxido de nitrogênio. Esses possuem efeitos danosos ao organismo e podem contribuir para o surgimento de diversas doenças, assim como envelhecimento precoce.

Embora a maior parte da oxidação e da produção de radicais livres ocorra durante o processo metabólico natural do organismo, o aumento de radicais livres pode se tornar um problema quando foge do controle. Por isso, consuma sempre alimentos ricos em nutrientes e mantenha o bom funcionamento do sistema gastrointestinal.