A endometriose é uma doença caracterizada pela presença do endométrio, tecido que reveste o interior do útero, fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve, como trompas, ovários, intestino e bexiga. Todos os meses, o endométrio fica mais espesso para que um óvulo fecundado possa se implantar nele.
Quando não há gravidez, esse endométrio que aumentou descama e é expelido na menstruação. Em alguns casos, um pouco desse sangue migra no sentido oposto e cai nos ovários ou na cavidade abdominal, causando as lesões da endometriose.
Sabe-se que mudanças no estilo de vida, como alimentação de qualidade e a prática de exercício físico regular, reduzem os sintomas da endometriose. O tratamento de base é a mudança de estilo de vida. A modulação hormonal e a acupuntura podem auxiliar na melhora dos sintomas e na qualidade de vida de quem tem endometriose.
Dicas alimentares para quem tem endometriose:
– Inclua em seu plano alimentar os vegetais verdes (espinafre, alface, rúcula, agrião, acelga), os crucíferos (repolho, brócolis), sementes de linhaça, frutas secas, quinoa, arroz integral, lentilha, grão de bico, óleo de coco, azeite de oliva e muita água.
– Exclua os alimentos inflamatórios (industrializados, açúcar refinado, farinha branca, glúten e refrigerantes).
– Diminua o consumo de álcool e cafeína. Eles podem agravar o quadro de endometriose. Além disso, carnes vermelhas, frituras e alimentos ultraprocessados têm grande quantidade de gorduras do tipo ômega-6 (como o ácido araquidônico), causando inflamação.
– Consuma mais gorduras de boa qualidade, como as mono e poli-insaturadas (como o ômega-3, abacate, oleaginosas, azeite de oliva). Eles atuam modulando a inflamação.
– Evite o consumo de xenobióticos. Eles são compostos químicos presentes nos agrotóxicos, nas embalagens plásticas, nos corantes e nos conservantes consumimos indiretamente através dos alimentos. Essas toxinas ambientais, como o bisfenol e tantos outros, não são reconhecidas pelo nosso corpo. Quando consumidos em excesso, eles se acumulam no organismo e afetam o sistema endócrino (responsável pela produção hormonal) da mulher.