O prefixo ‘Xeno’ significa estranho e ‘estrogênio’ é o nome do hormônio especialmente presentes em mulheres, embora homens também tenham em menor quantidade. É como se fosse um “Estrogênio estranho”, ou seja, é uma substância química que consegue enganar nossos receptores das células.
Ela parece ser estrogênio quando, na verdade, é uma toxina ambiental prejudicial para a saúde, que interfere nas mensagens bioquímicas, mimetizando ou bloqueando a atividade dos hormônios naturais. Dessa forma, altera a forma como os hormônios conversam com as células, assim como a sua função e metabolização.
Apesar de invisíveis, eles estão presentes em nossa rotina mais do que deveriam. Nas últimas décadas, produzimos mais toxinas ambientais do que em toda a história da humanidade. Essas substâncias, também chamadas de desreguladores endócrinos, são estranhas ao organismo e estão presentes nos aditivos químicos dos alimentos industrializados, agrotóxicos, medicamentos, cosméticos, inseticidas, embalagens plásticas, latas revestidas com alumínio etc.
Com o advento dos fast food, revolução verde e a loucura da nossa vida, essas substâncias estão cada dia mais inclusas na nossa alimentação e os efeitos na nossa saúde são sérios. Eles estão relacionados com alterações no comportamento sexual, depressão, infecções de repetição, baixa imunidade, má-digestão, intolerâncias alimentares, cansaço e fadiga sem explicação, alterações intestinais, alergias, dermatites, além de desordens neurológicas.
O organismo em equilíbrio metabólico, nutricional, hormonal, emocional e ambiental tem a capacidade de se defender das doenças, manter-se com saúde. Os xenoestrogênios têm causado desequilíbrio no metabolismo pela sobrecarga dos órgãos especializados na detoxificação do organismo, como fígado, intestinos, pulmões, pele e sistema linfático.
O excesso dessas substâncias, em conjunto com a sobrecarga e/ou falha dos órgãos detoxificantes, têm potencial teratogênico (causar danos ao feto), oncogênico (produzir câncer), desregular o sistema endócrino e promover doenças. Diminuir o aporte dessas substâncias e auxiliar os processos de detoxificação e eliminação dos xenobióticos é uma forma eficiente, natural e isenta de efeitos colaterais para o organismo readquirir seu equilíbrio.
Os alimentos industrializados são pobres em nutrientes, recebem produtos químicos e não possuem fibras. Por isso, a necessidade do aumento do consumo de legumes, verduras, frutas, cereais integrais e fibras, além da ingestão de água de boa qualidade para auxiliar no funcionamento dos rins.
Comida enlatada contém bisfenol- A (BPA), assim como alguns plásticos. Quando expostos ao calor (micro-ondas ou aquecidos ao sol), liberam xenoestrogênios. O mesmo ocorre no café no copo de plástico. De vez em quando não é o problema, mas quando a exposição é frequente, eles se acumulam no organismo desequilibrando o sistema endócrino e confundem receptores das células.