Mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos podem ter ciclos menstruais irregulares, sangramento vaginal aumentado e irregular ou até mesmo não menstruar. Também correm o risco de apresentar hirsutismo (aumento de pelos), acne, infertilidade e obesidade. Algumas ainda têm níveis de testosterona (hormônio masculino) aumentados.
A síndrome não possui uma causa específica, mas, sabe-se que, quando diagnosticada, indica a ocorrência de um aumento da produção de insulina, uma disfunção do eixo hormonal e a influência dos estrogênios ambientais. Na maioria dos casos de SOP, existe um desequilíbrio entre os níveis de estrogênio e de progesterona, caracterizando a dominância estrogênica.
Cada vez mais, estamos expostos a xenoestrogênios, ou seja, estrogênios ambientais presentes no ar, alimentos e na água. Eles incluem pesticidas, herbicidas e plásticos, que são imitadores de hormônios e causam desequilíbrios hormonais. O estresse crônico também pode levar à disfunção da glândula suprarrenal, com aumento do cortisol e redução na produção de progesterona, conduzindo a superprodução de estrôgenios e piorando a ansiedade e a insônia.
Alguns cuidados são fundamentais para reduzir os impactos da Síndrome dos Ovários Policísticos. Entre eles, além de uma alimentação saudável, está o cuidado com exercícios exagerados e dietas restritivas. Ambos podem alterar o eixo de produção dos hormônios e o cortisol.
Os exercícios, quando praticados de forma regular, são excelentes para aumentar a sensibilidade à insulina. As atividades físicas também aceleram o metabolismo, favorecendo o emagrecimento, que pode melhorar a condição dos ovários.
Outro fator essencial é dormir bem. O sono de qualidade ajuda na produção adequada de hormônios. O ambiente deve ser escuro, silencioso, com temperatura entre 22 e 23 graus, sem celulares próximos à cama. Assim, a melatonina, ou seja, a indutora natural do sono, pode ser liberada e facilitará o equilíbrio do metabolismo e dos hormônios.